Retrospectiva 2014: museus

Escrever sobre museus na retrospectiva 2014 toca em dois pontos importantes da minha formação profissional: o Design de Interiores e a História. Quando faço uma visita a uma exposição é inevitável lançar um olhar crítico sobre a forma como os objetos e as informações históricas estão sendo apresentadas. Nem sempre todos os quesitos me agradam, mas quando tenho uma boa experiência intelectual, acho que vale a pena compartilhar o passeio.

Foi assim com o Museu da Energia em Itu, visita que me surpreendeu pela quantidade de objetos domésticos antigos relacionados à chegada da eletricidade às residências, expostos em um lindo sobrado do século XIX. Também gostei do Museu da Casa Brasileira que se encontra em o utra casa lindíssima de se ver por dentro e por fora em São Paulo, cujo acervo em exposição tem peças ícones do design de móveis, que nunca tinha visto de perto e outras tantas que nem conhecia.

O meu museu preferido do ano foi o Museu da Imigração no bairro paulistano da Mooca, que reabriu depois de um longo processo de restauração com uma exposição renovada e moderna. Ali pude ver o resultado do trabalho de profissionais das diferentes áreas do conhecimento, que quando se juntam, só tem a ganhar. E não é que ganharam mesmo? No primeiro ano da nova exposição o Museu da Imigração levou para casa o prêmio "Diseño de interiores/espacios" na Bienal Iberoamericana de Diseño. 

No comecinho de 2014 consegui ir à exposição temporária Stanley Kubrick" que estava fazendo muito sucesso no Museu da Imagem e do Som em São Paulo. Foi muito legal rever sua obra por meio de objetos de cena, figurinos, cartazes, fotografias e outros documentos expostos em um percurso instigante com direito a sons, luzes e cenários inspirados em seus filmes.

Falando em cinema, não posso deixar de comentar a tag "variedades" de 2014 que foi quase toda dedicada a comentar filmes que me chamaram a atenção no ano. Começando pela Netflix e seu catálogo meio retrô, mas ótimo para garimpar filmes de outras nacionalidades, como o espanhol "Paixão sem limites" e a sequência "Sou louco por você", post que foi sucesso absoluto de leitura no blog!! Também comentei dois filmes indicados ao Oscar 2014, o futurista "Ela" e o "12 anos de escravidão", uma história verídica e muito tocante que acabou ganhando a estatueta de melhor filme. 

Foto: Exposição "Stanley Kubrick" - cadeira do diretor. E a vontade de ser cineasta? rs! (acervo pessoal)

Retrospectiva 2014: design de móveis

A ideia de falar especificamente de design de móveis aqui no blog surgiu da minha vontade de compartilhar a história de alguns designers cujo trabalho eu admiro. Em 2013 fiz um curso sobre o assunto na Belas Artes que ampliou meu olhar sobre a área. Entre outras coisas, aprendi sobre a diversidade de materiais e técnicas com os quais os designers podem trabalhar hoje em dia e que conhecê-los bem é essencial para o desenvolvimento do trabalho. 

Sobre os designers mais antigos três posts se destacaram em 2014: Warren Platner e sua Cadeira Modelo no. 1725 que é uma verdadeira escultura de metal, Mies Van der Rohe e a super famosa Cadeira Barcelona e Eero Saarinen e a Cadeira Tulipa que apareceu também no post sobre a cenografia do intrigante filme argentino O homem ao lado. Todas as três cadeiras são belos exemplares do design de móveis do século XX, ainda muito atuais e inspiradoras.

Para não deixar de falar dos brasileiros relembro dois posts bem legais com trabalhos de designers em atividade: Célio Teodorico fundador do Estúdio Paradesign em Santa Catarina que criou a iluminada e divertida Poltrona Joker e Sérgio J. Matos que fez um lindo trabalho com cordas e colheres de pau no Balanço Bodocongó. Vale a pena acompanhar o trabalho dos nossos designers! 

Para concluir este post de retrospectiva 2014 retomo uma pequena série que escrevi sobre o uso da madeira no design de móveis, que eu particularmente adoro, seja na criação de uma peça única ou na produção industrial. Em cada post expliquei um pouco da história e da produção deste material que pode ser utilizado na forma de madeira maciça, nas chapas de compensado e mais recentemente no MDF e MDP. 

Imagem: desenho à mão livre de Carina Pedro da poltrona Modelo no. 670 de Charles & Eames (acervo pessoal). 

Retrospectiva 2014: decoração

Adoro escrever posts que dão dicas simples e transformadoras, por isso não abro mão da tag "decoração", que faz muito sucesso no blog e tem essa proposta. Um dos posts mais lidos dessa tag em 2014 surgiu de uma das minhas visitas às lojinhas de 1,99 do bairro. No post eu conto como minha saudosa vó gostava deste tipo de loja e mostro alguns objetos que garimpei por lá com alto potencial decorativo.

Observando o dia-a-dia, percebi que há pessoas que adoram cores nas roupas, mas tem dificuldade de combiná-las nos ambientes da casa. Deste exercício de observação surgiu outro post queridinho de 2014 em que dei algumas sugestões para introduzir cores na decoração dos ambientes. Pensando ainda em combinações, também virou post outro dilema que pode surgir por conta das cores, como combinar os objetos em um ambiente com piso de tacos? Em ambos os posts compartilhei algumas imagens de ambientes lindos e descolados para nos inspirar!

Outra dica simples e transformadora que eu quis compartilhar foi a de usar e abusar de quadros nas paredes, que podem ser pendurados de diversas maneiras, resultando em belas composições. Aliás, para quem tem uma coleção, de fotografias ou canecas, as paredes da casa podem ser utilizadas para expor esses objetos que são preciosos para nós.

Ainda na tag "decoração" você pode encontrar os posts do tipo "faça você mesmo". Para relembrar, tem dois tutoriais bacanas que compartilhei esse ano: "um jeito fácil e barato de customizar peças de MDF", em que eu mostro duas caixinhas-arquivo e um porta controle remoto customizados, e o post "como fazer flores de papel", ideia que surgiu para enfeitar a moringa da loja Dellabino.

Para terminar a retrospectiva 2014 dos posts de "decoração" destaco essa parceria especial com a loja Dellabino, que me motivou a pensar novos usos para objetos conhecidos. Falei de possibilidades de organizar minha estante com a bandeja xadrez, de usar uma moringa como baleiro e vaso, de transformar uma tábua de corte em quadro de recados e de utilizar a petisqueira retrô para armazenar miudezas. Adorei fazer essa série, pois cada semana foi um desafio criativo na tentativa de não publicar mais do mesmo. Que 2015 seja um ano de muita inspiração! 

Foto: flores de papel na moringa (acervo pessoal). 

Retrospectiva 2014: design de interiores

Hoje começo uma série retrospectiva revendo os posts mais bacanas de 2014. É sempre bom fazer este balanço e observar os assuntos que foram tratados no blog durante o ano e os que despertaram mais a atenção dos leitores. Vou começar pela tag "design de interiores" e outras duas que a complementam "profissão" e "livros". 

Comecei o ano comentando meus dois programas de TV favoritos na área: "Design Divino" apresentado pela designer de interiores Candice Olson e o "Decora" pela arquiteta Bel Lobo, que foi até a sétima temporada, quando o designer Marcelo Rosenbaum assumiu a apresentação do programa. No mês de novembro escrevi um post comentando as mudanças que notei no programa Decora, entre elas, a apresentação do projeto em 3D. 

No começo do ano tive algumas experiências de procurar hospedagem pela internet e compilei tudo que observei na prática em um dos posts que foi sucesso de leitura em 2014: 10 dicas para escolher quartos de hotéis pela internet. Acho que este post vale a pena reler sempre que surgir uma viagem e a necessidade de fazer esse tipo de pesquisa.

Entre os meus posts queridinhos de 2014 está o "apartamentos e casas alugadas" inspirado na dificuldade de uma amiga querida em deixar a casinha alugada com a sua cara. No post trato de algumas dicas dadas pela Chris Campos e adiciono algumas outras sobre móveis, iluminação, parede e objetos decorativos.

Falando em projetos, na época da Copa do Mundo no Brasil, aproveitei para discutir o tamanho da TV, um lugar na sala de estar e também dei uma sugestão de um projeto para o home theater em casa. Para escrever os posts me inspirei nos erros da vida "real", em salas onde observei televisores mal posicionados. Minha principal referência técnica para escrever este tipo de post é a autora Miriam Gurgel que em 2014 teve um post exclusivo sobre seu último livro "Design Passivo" em que destaquei algumas dicas para resfriar os ambientes.

Em janeiro, quando escrevi um dos posts mais lidos do blog, sobre uso da cerâmica ou porcelanato, eu não imaginava que ia visitar a Expo Revestir 2014, muito menos que ia ser convidada para ir ao lançamento da Cerâmica Portinari onde aprendi muito mais sobre revestimentos. Ainda sobre este tema tem um post que adorei escrever sobre os azulejos portugueses no qual eu conto um pouco sobre a história deste revestimento tão antigo e que hoje serve de inspiração até para a moda. 

Aqui no blog o pedido do leitor é sempre atendido!! Destaco dois posts em que tentei esclarecer as dúvidas que me foram enviadas por leitores: como aproveitar bem o espaço em "cozinhas tipo corredor" e "o que estudar, arquitetura ou design de interiores?". Aliás, as perguntas dos leitores são sempre muito bem-vindas e a minha intenção é que esta interação se intensifique cada vez mais em 2015!! 

Foto: projeto 3D (acervo pessoal). Em 2014 segui uma das minhas próprias dicas de cursos da tag "profissão" e fui estudar o software Promob. 

Especial Jingle Bells: decoração natalina (2014)

No começo de dezembro escrevi na página do blog no Facebook sobre a variedade de decorações natalinas que vemos por aí nesta época do ano, das exuberantes às minimalistas, e questionei os leitores a pensar sobre o seu estilo preferido. 

Eu também fiz este exercício de observação e ao longo do mês de dezembro selecionei na internet imagens natalinas que me agradavam, ora pela combinação das cores, ora pela criatividade de transformar algo simples em uma bonita expressão do espírito do Natal. 

Apesar das tentações consumistas, acredito que a decoração natalina também é uma maneira de homenagear o nascimento do menino Jesus e expressar o quanto estamos felizes de (re)viver esta data. É como se os sentimentos de alegria e amor fossem se materializando na escolha dos enfeites que achamos mais bonitos. 

Ver o resultado final de todo este esforço decorativo, sem dúvida, faz bem aos olhos de quem criou e também de quem observa. Veja algumas das imagens que me chamaram a atenção neste Natal: 

Fotos: reprodução / Decorviva / Casa da Chris. A primeira foto é uma árvore de Natal feita de papel cartão e a Vivi contou no blog todo o passo-a-passo. Adorei as pinhas em destaque no suporte de ovos que a Chris Campos montou. Simples mas nos lembra muito o Natal.  

Fotos: reprodução / Target Style. Descobri o perfil da loja norte-americana Target no Instagram neste mês de dezembro e fiquei acompanhando as inspirações natalinas. Selecionei essas duas imagens de encher os olhos! 

Fotos: reprodução / Artifact Uprising blog / Singulares Magazine. O papel kraft fez o maior sucesso entre as sugestões de embalagens para presentes. Este ainda tinha um cartão personalizado com fotos, bem legal! Também adorei esta árvore de coração emoldurada com luzes natalinas. Simples e delicado! 

Fotos: reprodução / Una por Una. Mais uma decoração onde o espírito de Natal aparece nos detalhes, nos cantinhos da casa, quase como uma surpresa para quem passa. Separei duas fotos, mas vale a pena dar uma olhada em toda a decoração.    

Fotos: reprodução / Emily Henderson. Esta é uma decoração mais pomposa feita pela blogueira Emily em sua casa, mas achei muito bonita também. Gostei especialmente da combinação do branco com azul e dourado. 

Depois dessas lindas imagens aproveito para desejar um Feliz Natal para vocês e que os sentimentos de alegria, amor e paz tão relembrados nesta data prevaleçam dia após dia em nossos lares!! Termino este post com um lindo vídeo, bem brasileiro, fruto de um projeto da loja Luigi Bertolli, que contou com artistas de várias regiões do Brasil: 

Projeto 4 Cantos - Luigi Bertolli, Bate o Sino, vídeo no YouTube

Lembrando que quem quiser compartilhar sua decoração natalina preferida aqui nos comentários também é possível postar fotos! =)

Evento: Encontrinho com Flavia Calina em São Paulo (2014)

No último sábado aconteceu em São Paulo o encontrinho da Flavia Calina. Eu quis participar do evento por dois motivos: primeiro porque acompanho o canal da Flavinha no YouTube há pelo menos uns quatro anos e segundo porque estava muito curiosa para ver como seria o evento de uma celebridade do mundo virtual. 

Salão do hotel Blue Tree Premium Morumbi antes do evento começar. Ao fundo, telão com as empresas parceiras do encontrinho com Flavia Calina. 

O canal da Flavia Calina no Youtube tem mais de 350 mil inscritos. É muita gente!! A própria Flavinha comentou que no seu primeiro encontrinho em SP participaram cerca de 40 pessoas, neste segundo, o número pulou para 500, número limitado por ela, diga-se de passagem, já que houve venda de ingressos. Todo esse pessoal recebeu a Flavinha e seus familiares calorosamente com gritos, palmas, flashes, aliás, arriscaria dizer que foi uma recepção bem parecida com a dos fãs de alguns cantores da música pop.  

E quando a Flavinha virou pop? Bom, o carisma dela é inegável, a simpatia e afinidade com a câmera também, mas acho que o boom de seguidores se deu quando ela começou a compartilhar mais frequentemente sua vida pessoal, especialmente questões relacionadas ao universo materno. Faço parte do grupo das suas espectadoras antigas, quando os tutoriais de maquiagem e resenhas de produtos eram os assuntos principais dos seus vídeos. Com o tempo, os vídeos sobre makes foram diminuindo e os vlogs temáticos e do dia a dia de mãe, esposa e dona de casa foram ganhando mais espaço no seu canal.

O encontrinho deste sábado foi disputadíssimo desde a compra dos ingressos, que se esgotaram em segundos no site, o que gerou até uma certa polêmica entre seus seguidores. No dia do evento, depois de adentrar o salão com seguranças e gritos dos fãs, que só se acalmaram com a entrada da pequena baby V, Flavinha conversou com o público, dançou, respondeu perguntas da plateia, ouviu depoimentos, distribuiu brindes e finalizou o evento em outra sala reservada onde tirou fotos com os seus seguidores.

Família Calina: Flavinha, Ricardo e Victoria (baby V). 

E se vc está pensando que só a Flavinha faz sucesso, está enganado! Pequenas filas de fãs também se formaram para tirar fotos com o Ricardo, marido da Flavinha, e com a mãe dela. A baby V com toda sua fofurice também ficou um pouquinho no salão principal enquanto a mamãe conversava com a plateia. Percebi que o público se sente próximo não só da Flavinha mas de todos aqueles que participam dos momentos que ela registra e compartilha no YouTube quase que diariamente.

Já participei de alguns eventos de pessoas que trabalham com a internet e encontrá-las na "vida real" é sempre uma experiência marcante. Para mim também é uma oportunidade de conversar com pessoas que tem o mesmo grau de interesse pela internet que eu. Mas, desta vez, foi um pouco diferente. Apesar de ter sido muito bacana encontrar a Flavinha, não houve condição de conversar com ela direito por conta do número de pessoas presentes no evento e do assédio dos seus espectadores. 

Foi impactante ver todo esse frisson em torno dela. Definitivamente, as celebridades não estão só na televisão e no cinema!! Tenho certeza que assim como eu muitos gostariam de ter mais tempo para conversar com a Flavinha. Por isso, não pude deixar de dar algumas sugestões ao Ricardo (marido) para um próximo encontrinho no Brasil. Lembrando que eles moram nos EUA. 

1. Eu, Carina Pedro, com a Flavinha e outras espectadoras (foto de cima/reprodução André Luiz Fotografia), 2. segurando a plaquinha com um dos bordões da Flavinha (à esquerda), 3. com a Bruna Dalcin, autora do blog Comprando meu Apê (foto do meio) e 4. Flavinha mostrando a minha lembrancinha no YouTube "Abrindo presentes do encontrinho" (à direita). 

E o vídeo da Flavinha abrindo os presentes...

Flávia Calina abrindo presentes do encontrinho em SP (2014), vídeo no YouTube

Para acompanhar os vídeos da Flavia Calina é só se inscrever no seu canal no YouTube. Lá, no encontrinho, perguntaram sobre o blog, mas Flavinha explicou que não está conseguindo atualizá-lo e estuda propostas de colaboradores. Ah, e para quem ainda não leu, escrevi um post sobre a Ikea no ano passado em que indico um vlog muito legal da Flavinha fazendo compras na loja de Chicago (EUA).  

Casa Cor Litoral SP 2014: combinação de cores nos ambientes

Amo observar como as pessoas combinam as cores na decoração da casa e nos looks do dia. Aliás, este tema já foi abordado aqui no blog em um dos meus posts queridinhos que se chama "por uma casa mais colorida". O uso das cores também foi um quesito que me chamou a atenção em alguns ambientes da Casa Cor Litoral SP 2014.

Quando a gente pensa em uma casa na praia as cores que trazem "refrescância" e que lembram o mar são muito bem-vindas, entre elas, estão o azul e o branco que fazem parte do estilo navy que adoro e não me canso de ver na decoração praiana. A terceira cor mais usada nesta composição é a vermelha, mas nada impede de usarmos outras cores quentes como amarelo e laranja. 

Outra forma do azul aparecer é no azulejo português que recentemente foi tema de post no blog. Hoje em dia este revestimento tão antigo também serve de inspiração para estampas de roupas, toalhas, capas de almofadas, etc. Na Baixada Santista seu uso na decoração acaba tendo um valor simbólico devido à presença de muitos portugueses imigrantes e seus descendentes por aqui. 

Ambiente "Lounge do Casal Apaixonado"- projeto Carla Felippi. Adorei a composição com as cores azul, branco e amarelo utilizada no lounge. Para completar muitas plantas e a madeira que ajudam a trazer a natureza para o interior da casa. 

Ambiente "Lounge do Casal Apaixonado"- projeto Carla Felippi. Não só as capas das almofodas, mas também o jogo americano e outras peças decorativas do ambiente nos remetem a esta estamparia inspirada no azulejo português. 

Ambiente "Lounge do Casal Apaixonado"- projeto Carla Felippi. Na área externa todos os tecidos e materiais são resistentes à água. 

Ambiente "Suíte do Jovem Escritor" - projeto Kátia Borges e Simone Amoroso. De um lado do quarto tem aquela combinação navy mais tradicional azul, branco e vermelho. A cama no alto pode ser uma alternativa para quartos pequenos, mas verifique se não é necessário uma grade de proteção. 

Ambiente "Suíte do Jovem Escritor" - projeto Kátia Borges e Simone Amoroso. Na outra parede a bancada de trabalho azul e o cabideiro amarelo também fazem uma boa dupla. E já que é o quarto de um jovem escritor, nada mais inspirador do que um papel de parede com manuscritos. 

Ambiente "Living" - projeto Claudia Viana. Mais uma composição interessante e com mix de estampas que deu certo. O uso de abajures traz mais aconchego para sala. 

Ambiente "Living" - projeto Claudia Viana. Pelo que me explicaram a inspiração para terceira cor utilizada no ambiente veio deste móvel magenta. O painel de azulejos também ficou bem interessante neste cantinho.

Ambiente "Espaço Cultural" - projeto Érica Kuhn e Fernando Zambeli. Mais azul, branco e amarelo. Esta combinação de cores é bem bonita e dependendo da estampa traz uma brasilidade ao ambiente. 

Havia mais alguns ambientes na mostra onde vi essas combinações de cores. Sou suspeita para falar, pois o estilo navy serviu de inspiração para mim na Santos Arquidecor 2013. Não consigo enjoar e acho que sempre vão dar um belo resultado juntas. O que vocês acham?

A Casa Cor Litoral terminou hoje e pelo que vi em algumas entrevistas parece que o ano vem a mostra deve acontecer em Santos. Vamos aguardar! Já fiz um post no blog falando sobre o estilo retrô à beira-mar. Não deixe de conferir!!

Casa Cor Litoral SP 2014: o estilo retrô à beira-mar

Foi a primeira vez que visitei duas mostras "Casa Cor" no mesmo ano e geograficamente tão próximas, uma na cidade de São Paulo e a outra em São Vicente. A Casa Cor Litoral SP teve sua primeira edição em 2014, até então, a região contava com a mostra Santos Arquidecor, da qual tive a oportunidade de participar em 2013 e sobre a qual fiz vários posts no blog. 

Nesta minha visita à Casa Cor Litoral SP 2014 identifiquei ambientes de arquitetos, designers e empresas do setor que participaram da mostra Santos Arquidecor 2013 e que têm seus escritórios no litoral. Participaram também profissionais de outras cidades, como São Paulo. Notei semelhanças nos projetos de um ano para outro e também com os ambientes da Casa Cor São Paulo. 

Algumas dessas semelhanças fazem parte de tendências da área e é normal que se repitam, por outro lado, a maneira como utilizá-las pode variar bastante de profissional para profissional. Entre as tendências destaco o estilo retrô que está em alta e apareceu em ambas as mostras Casa Cor. Fazem parte deste estilo o uso de objetos decorativos, revestimentos e móveis que remetem ao passado. Há casos de encontrarmos nesses ambientes peças originais (vintage) em perfeitas condições de uso, o que é bem legal também. 

Veja alguns ambientes e detalhes da Casa Cor Litoral 2014 que fazem referência ao estilo retrô: 

Ambiente "Varanda e Acervo do Colecionador" - projeto Ricardo Velasco. Gostei muito desta varanda, os elementos escolhidos, desde o piso até os objetos decorativos, trazem um pouco da natureza para o interior da casa e também dão um toque retrô.

Ambiente "Varanda e Acervo do Colecionador" - projeto Ricardo Velasco. A decoração deste ambiente me lembrou um estilo praiano antigo, o que não deixa de ser uma proposta muito bem-vinda para quem tem grandes varandas em uma cidade à beira-mar.

Ambiente "Varanda e Acervo do Colecionador" - projeto Ricardo Velasco. Meu último post foi sobre colecionar objetos e olha aí uma bela coleção de chapéus totalmente à vista de quem transita pelo corredor. Também adorei o papel de parede com estampa de palhinha trançada, mais um elemento retrô. 

Ambiente "Loft das percepções" - projeto Fernanda Lins. Adorei este cantinho retrô da cozinha com a utilização do cobogó para fazer a divisória (por ser vazado ajuda na ventilação)  e geladeira retrô da Smeg que também apareceu na Casa Cor SP. 

Ambiente "Loft das percepções" - projeto Fernanda Lins. Uma foto do mesmo ambiente mostrando que o retrô convive super bem com elementos contemporâneos. 

Ambiente "Adega Pizzato" - projeto Fabrício Gonçalves, Paula Buoro e Caio Vitor. Gostei muito deste cantinho da adega tanto pelo mix de estampas dos revestimentos das paredes como pelas cadeiras repaginadas do Sergio Rodrigues. O passado se renova através das cores e dos novos materiais. 

Fotos: ambientes da Casa Cor Litoral SP 2014 (acervo pessoal)

A mostra termina neste domingo, dia 21 de dezembro, e quem quiser fazer uma visita, prepare-se, pois são 36 ambientes distribuídos por duas casas "Casa do Veranista" e "Casa do Morador" encravadas na Ilha Porchat, ou seja, com bastante sobe e desce. Tem elevador também, mas se o local estiver cheio de visitantes, vai precisar ter um pouco de paciência.

Se você já foi visitar a Casa Cor Litoral SP conte para mim nos comentários o que achou desta primeira edição. Fique de olho também nas próximas postagens com outros ambientes que gostei! 

Período:

De 15 de Novembro a 21 de Dezembro de 2014 

Endereço:

Alameda Rotary Club, 88 e 100 - Ilha Porchat, São Vicente - SP

Horário de Funcionamento:

Terça a Sexta: das 15h às 21h30 

Sábado, Domingo e Feriados: das 13h às 21h30 

Ingresso:

Inteira: R$ 35,00 | Meia: R$ 17,50   

Decoração: com quantas canecas se faz uma coleção?

Ao longo do tempo percebi que nem sempre a gente identifica quando nasce uma coleção. Pode acontecer de repente, um determinado objeto começa a despertar um interesse maior entre outros tantos e, quando menos se espera, temos um número significativo daquele item em casa. Não sei se já posso chamar meu conjunto de canecas de coleção, mas com certeza é um desses objetos que desperta muito minha atenção e vem se destacando em casa pela quantidade e variedade. 

No momento a pequena coleção é composta por 10 canecas. Na verdade, acabei de me lembrar, tem mais duas que não apareceram na foto, uma delas é repetida e a outra esqueci na minha bolsa. Sim, carrego uma canequinha na bolsa para tomar café ou beber água na rua. Foto: acervo pessoal

Algumas coleções se tornam tão especiais que acabam perdurando através dos tempos. Aliás, a história do surgimento dos museus está relacionada às coleções privadas. Alguns homens curiosos e abastados do século XVI queriam compreender melhor o mundo em que viviam e passaram a montar em suas casas gabinetes de curiosidades onde colecionavam, entre outras coisas, diferentes tipos de plantas, pedras e objetos engenhosos. Com a organização e exposição dessas coleções surgem os primeiros museus. 

Hoje em dia, na profusão de objetos ao nosso redor, são muitos os itens colecionáveis, por isso, quando falo em coleção, estou considerando não só aquelas em que os objetos são raros e valiosos, mas também as pequenas e pouco valiosas no que diz respeito aos custos para formá-la, já que valiosa toda coleção é para aquele que coleciona. 

Uma maneira de valorizar a coleção particular é encontrar um cantinho em casa para expor a série de objetos, especialmente aqueles com alto potencial decorativo. É bacana para o colecionador poder observar o conjunto, ter facilidade para acessar as peças, além da possibilidade de incrementar a decoração com algo que gosta muito. Com organização uma coleção pode servir de inspiração no dia-a-dia e ajudar a "aquecer" a casa sem bagunça. Lembra do post sobre o livro Terapia do Apartamento?  

A minha pequena coleção de canecas foi se formando com peças que eu mesma comprei e outras que ganhei de presente ou brinde. Como utilizo algumas delas em diferentes funções, para fazer bolo de caneca ou porta pincéis, por exemplo, acabo não guardando em um local específico. A coleção cresce aos poucos e compro uma nova peça quando me encanto por ela.

• As duas primeiras canecas eu ganhei faz um tempo e até hoje são minhas preferidas para hora do café. As canecas do meio, por enquanto, não tem um uso específico e as duas últimas têm um tamanho ótimo para fazer bolos de caneca. Foto: acervo pessoal

• Mais duas maneiras de usar as canecas: porta lápis/caneta e também para organização de pincéis e outros itens de maquiagem. Foto: acervo pessoal

Foto: reprodução / Pinterest. Um jeito bacana de organizar e expor uma coleção de canecas com um painel de madeira e pequenos ganchos. 

Quem gosta de colecionar acaba formando coleções diferentes ao longo da vida. Eu mesma já tive algumas no passado que foram bem especiais, mas hoje tenho outras que combinam mais comigo. Já pensou se tem algum item na sua casa que tem potencial para virar uma bela coleção? Ou você já é um colecionador nato? Conte para mim nos comentários =) 

Design de interiores: os azulejos portugueses ontem e hoje

Nesses tempos em que os azulejos portugueses estão em alta na moda e na decoração não posso deixar de compartilhar o que aprendi em uma palestra ministrada pelo historiador Paulo César Garcez Marins no Centro de Estudos do Museu Republicano em Itu, na mesma ocasião da minha visita ao Museu da Energia, que já contei aqui no blog. 

Os dois sobrados, tanto o que abriga o Museu da Energia como o Museu Republicano, têm uma característica em comum: a fachada revestida de azulejos. Como a fachada do Museu Republicano estava sendo restaurada, a palestra tinha como intuito trazer mais informações sobre a história dos azulejos no Brasil e em São Paulo. Uma história que remonta aos tempos da colonização portuguesa. 

Assim como a madeira maciça, que falei em outro post, o azulejo também era um material acessível somente às pessoas mais ricas da colônia. No Brasil, nos séculos XVII e XVIII, semelhante ao costume português, este tipo de revestimento era utilizado nos interiores dos edifícios, ajudando a proteger as paredes da umidade do piso. Um exemplo típico dessa época é o conjunto de azulejos que recontavam a vida dos santos nas paredes de igrejas ou claustros.

Foto: Interiores da Igreja do Coração Imaculado de Maria, Capela da PUC - SP (acervo pessoal).

No século XIX as novas tendências de decoração de interiores vindas da Inglaterra e da França fizeram com que o uso dos azulejos dentro dos edifícios ficasse "fora de moda". Os brasileiros, contudo, não abandonaram este revestimento e inventaram uma forma de usá-lo nas fachadas. Essa nova aplicação partiu daqui em direção a Portugal e não o contrário, como se pode pensar. 

Como revestimento de fachadas os azulejos ajudavam a controlar o calor, proteger a frontaria das chuvas e das sujeiras, além de proporcionar um acabamento de luxo nas residências e estabelecimentos comerciais do século XIX. Tê-lo nas fachadas era um símbolo de poder e prestígio para o dono da propriedade.

Ainda nesta época somente pessoas de posses podiam comprar este tipo de revestimento, embora a produção dos azulejos já fosse industrial. Além da longa viagem por navio de Portugal para o Brasil, as peças tinham que ser transportadas com muito cuidado em terra firme, correndo o risco de quebrarem devido a sua fragilidade. A importação e o transporte envolviam um gasto que não era pouco! 

Em algumas cidades do norte e do nordeste do Brasil, como São Luís do Maranhão, a fachada azulejada tornou-se mais comum do que em São Paulo, onde há pouquíssimos vestígios dessa época, sendo esses dois museus de Itu, antigas residências de proprietários de terras, algumas das poucas edificações que foram preservadas. Em Santos, no centro antigo da cidade, também encontramos um desses sobrados azulejados, construído em 1865 por um rico comerciante de café. 

Os azulejos eram colocados na fachada do edifício um ao lado do outro formando desenhos que para ficarem completos podiam precisar de quatro ou mais peças. Os desenhos ou "padrões" preferidos da época eram a forma geométrica e vegetal com ou sem relevo e as cores mais utilizadas eram azul cobalto e branco. Aliás, o cobalto era o metal utilizado na produção do pigmento azul.

Foto: Eu, Carina Pedro, em frente ao Museu da Energia, Itu-SP (acervo pessoal).

Foto: Vestígios de azulejos de cercadura que serviam para fazer uma moldura em torno do padrão principal, Museu Republicano, Itu-SP (acervo pessoal).

Já no século XX os edifícios azulejados passaram a ser tombados como patrimônio histórico nacional no intuito de garantir a restauração e preservação dos bens que restaram. Os azulejos portugueses também serviram de fonte de inspiração para artistas modernos fazerem suas releituras críticas do passado, como é o caso do trabalho da artista plástica Adriana Varejão. 

Atualmente, com a infinidade de materiais disponíveis no mercado, os azulejos portugueses são mais uma opção decorativa no design de interiores, especialmente, dos admiradores dos estilos antigos. Podemos encontrar reproduções bem colocadas dessas peças em partes de ambientes residenciais e comerciais como paredes de cozinhas e varandas.

1. Foto: reprodução / Decortiles. Azulejos com desenhos florais.

2. Foto: reprodução / Revista Casa e Jardim. Parede do restaurante Museu do Pão, SP.

3. Foto: reprodução / Revista Casa e Jardim. Painel de azulejos portugueses em uma varanda residencial.

Recentemente alguns estilistas famosos também recriaram peças do vestuário com estampas que remetem à azulejaria portuguesa. Seguindo a tendência, as lojas fast fashion também ofereceram opções em suas araras, popularizando a estampa entre seus clientes. 

Foto: reprodução / Chic Glória Kalil. Estampas de azulejos portugueses na moda.

Hoje sabemos que os azulejos portugueses estão em alta, influenciando da moda ao design de interiores, mas eu, particularmente, sempre vou achar bonito os tons de azul e os desenhos inspirados neste revestimento cerâmico tão antigo. E se também for do gosto cliente, é mais uma opção a ser considerada por profissionais em seus projetos de interiores, especialmente, por seu potencial decorativo e resgate da História do Brasil.

Design de móveis: chapa de fibras de madeira de média densidade ou MDF

Retomando os posts sobre materiais utilizados na produção de móveis chegou a vez de falar do MDF (Medium Density Fiberboard). Para produzir este tipo de chapa é necessário cortar a madeira em pequenos cavacos e depois triturá-los. As fibras resultantes da trituração são aglutinadas com resinas sintéticas e ação conjunta de temperatura e pressão. 

Para que seja ecologicamente sustentável a madeira selecionada para passar por esse processo industrial deve ser reflorestada, como o Pinus, por exemplo, cujas fibras proporcionam chapas de cor clara, muito valorizadas no mercado. O resultado deste processo é uma chapa homogênea, sem aquelas imperfeições da matéria-prima natural, facilitando as junções e os acabamentos de diversos tipos. 

Entre os acabamentos possíveis podemos destacar a pintura, revestimento com PVC, laminado de baixa pressão ou o chamado Finish Foil, uma película de papel colada à chapa que pode ser impressa com padrões madeirados ou em cores diversas. 

Há diversos tipos de chapas de MDF desde às mais básicas, chamadas de "standard", passando pelas resistentes à água (exceto chuvas) por meio de um evernizamento ou pintura e as resistentes ao fogo, obtidas por meio da adição de produtos químicos específicos no processo produtivo. A resistência mecânica das chapas também pode variar de acordo com a quantidade de fibras e resinas.

A história da produção do MDF começou nos Estados Unidos ainda na década de 60. Depois se difundiu pela Europa e passou a ser produzido no Brasil apenas no final da década de 90, sendo destinado em grande parte à indústria moveleira, entre elas, a de móveis planejados.

Minha experiência pessoal com o MDF é bastante positiva. A estante que comentei no post da "extensão da casa" é feita deste material. Tomo bastante cuidado para não molhar nem riscar a superfície, desta forma ela se mantém bem conservada. Até agora também não tive problemas com cupins.

Foto: estante MDF na fase de montagem e depois de pronta (acervo pessoal).

Existe outro material cuja sigla é bem parecida, o MDP, que também é produzido industrialmente só que em vez de fibras são utilizadas partículas de madeira em camadas. Também é utilizado na produção de móveis e permite diversos acabamentos como laminados de alta-pressão, Finish Foil e pintura.

Para ler os posts anteriores sobre madeira maciça e chapas de compensado é só clicar nos links em laranja. 

Decoração: como fazer flores de papel

Quando escrevi sobre a moringa de plástico da loja Dellabino uma das sugestões que compartilhei no post foi utilizá-la como vasinho para flores de papel. Como gostei bastante do resultado final e várias pessoas também curtiram a foto no meu Instagram @carina_pe resolvi postar aqui no blog um tutorial de como fiz as flores.   

Já tinha visto algumas decorações com flores de papel na internet e resolvi testar a ideia para o post. Fiz a primeira flor com papel de seda que muitas lojas utilizam para embrulhar seus produtos e que costumo guardar em casa para reutilização #ficadica. Depois que testei e vi que deu certo comprei mais duas folhas de cores diferentes na papelaria e montei a composição. 

Confira o passo-a-passo:

• Materiais: folhas de papel de seda, espetos de madeira para churrasco, areia colorida, tesoura e cola branca. 

• Cortei com a tesoura uma tira do papel de seda, cerca de 40 x 8 cm, sem me preocupar em ficar retinho. Separei uma tira menor para fazer o acabamento final.
• Começo a enrolar o papel no espeto de madeira, fazendo pequenas preguinhas na base. O bom do papel de seda é que ele é molinho e permite que você vá moldando a flor com facilidade. 

• Depois de terminar de enrolar, aperto bem o cabinho da flor e colo por cima a tira menor que deixei separada. A tira bem colada impede que a flor escorregue pelo espeto, além de dar um acabamento mais bonito;
• Se você quiser simular pétalas mais abertas é só fazer pequenos recortes com a tesoura na flor pronta;

• Flores das outras cores prontas;
• Utilizei a areia colorida para acomodar os espetos na moringa e finalizar a composição. Precisei colocar areia na moringa para que as flores ficassem em uma altura razoável, mas achei que o resultado final ficou ainda melhor. 

• Arranjo de flores de papel pronto! 

Fotos: como fazer flores de papel (acervo pessoal)

Nas festas de final de ano podemos utilizar essa mesma ideia só que escolhendo as cores típicas do Natal, como verde, vermelho e branco. Como é uma decoração prática e barata dá para fazer várias florzinhas e enfeitar os ambientes. Sem contar que é bem divertido montar seus arranjos =)