Escrever sobre iluminação nunca é fácil. Mesmo tendo estudado e aprendido muito no curso de design de interiores, fico com receio de simplificar demais um assunto que é rico em detalhes. Apesar disso, não deixo o tema de lado, sempre que posso, comento a iluminação dos ambientes, modelos de luminárias, além de fazer a cobertura da Feira Expolux. Curiosamente, em outra feira, a Rosenbaum, que fui conhecer há algumas semanas, ouvi um comentário sobre o uso de lâmpadas incandescentes e fiquei com a ideia de fazer este post com algumas considerações.
O comentário que ouvi na Feira Rosenbaum veio de um designer de luminárias. Na ocasião, ele mencionou a estética da lâmpada incandescente, que achava mais bonita que as fluorescentes, e também colocou em dúvida a sua extinção por completo. Então me lembrei de um artigo que publiquei na fan page do blog, no qual se afirmava que até 2016 as lâmpadas incandescentes de uso geral (exceto as de até 40W e outras para usos específicos) estarão fora do mercado de acordo com os técnicos do Ministério de Minas e Energia. Isso que acontece no Brasil faz parte de um movimento global e a polêmica também não é exclusividade. Em outro artigo, encontrei uma declaração do famoso designer alemão Ingo Maurer contestando o fim das incandescentes.
Foto: reprodução / Museu da Lâmpada. |
Não dá para negar que a estética das lâmpadas incandescentes é bem interessante, principalmente, para quem procura aquele aspecto retrô do bulbo redondo e do filamento. Outra característica marcante é a sua luz amarelada, que tecnicamente chamamos de temperatura de cor quente, muito mais acolhedora e aconchegante porque nos lembra o fogo. Por outro lado, é fato que a sua eficiência energética infelizmente não acompanhou os novos tempos, perdendo de longe para as fluorescentes, sem falar para as de tecnologia LED, mais caras, porém muito mais econômicas no dia-a-dia.
Pensando nisso a minha sugestão é a seguinte, antes de comprar uma luminária nova, observe as instruções sobre o uso de lâmpadas equivalentes às incandescentes, seja fluorescente ou LED, também verifique a potência máxima da luminária e o modelo. Dependendo do design da luminária, a lâmpada à mostra pode não ficar legal! Eu, particularmente, não compro mais lâmpadas incandescentes, mas não abro mão da temperatura de cor quente nos ambientes onde quero criar uma atmosfera mais acolhedora, por exemplo, no quarto de dormir. Neste caso, opto pelas lâmpadas econômicas com temperatura de cor de 2700K.
Ainda sobre a estética da lâmpada há boas notícias no mercado. Recentemente, li um artigo sobre o lançamento de uma lâmpada modelo "vela" com tecnologia LED da Golden. Com bulbo transparente e filamento essa lâmpada imita perfeitamente a antiga incandescente, porém, substituindo os 40W por 4W de potência, sendo 90% mais econômica e com vida útil bem mais longa. Achei essa ideia da réplica bem interessante e uma opção viável que deve agradar o público mais apegado ao estilo retrô.
Foto: reprodução / Museu da Lâmpada. |