Algumas semanas atrás minha mãe foi viajar e me deixou encarregada de cuidar de suas plantinhas. Como era pouco tempo e só tive que colocar água, não enfrentei grandes dificuldades para mantê-las vivas, mas sei que esta tarefa poderia se tornar complicada por um longo prazo, já que as plantas naturais precisam de outros cuidados. Depois dessa experiência e de ler vários relatos de pessoas que não conseguem manter suas plantas domésticas saudáveis e vistosas, resolvi bater um papo com minha mãe sobre o tema.
A convivência da minha mãe com plantas é antiga. Morando em casa, ela já chegou a ter mais de vinte vasos, hoje, em apartamento, são treze. Entre as suas plantas preferidas estão as samambaias e as suculentas que a acompanham firmes e fortes por mais de vinte anos. Além dessas, tem também dracenas (dizem ser ótimas para absorver toxinas no ar), renda portuguesa, palmeirinha, manjericão e outras. Para este post selecionei alguns cuidados básicos que minha mãe tem tido com suas plantas de longa data:
Na área de serviço: confete, samambaia, manjericão. |
1. Terra: quando minha mãe compra ou ganha uma planta o primeiro cuidado é com a terra que vai no vaso. Precisa ser uma terra adubada, se tiver como colocar terra com esterco, será ainda melhor. Uma vez por mês minha mãe costuma afofar com cuidado a terra utilizando um garfo (talher mesmo, mas pode ser um específico) para que fique menos dura. De dois em dois meses ainda coloca um pouco de fertilizante líquido em cada vaso.
2. Água: minha mãe está sempre de olho no calor que fez durante o dia. Por exemplo, as suculentas são super resistentes mesmo que faça um calor daqueles, chegando a ficar um mês sem precisar aguá-las, porém é preciso ressaltar que os vasos que ficam na varanda aberta recebem água da chuva. No outro extremo está o manjericão, que praticamente "morre de sede" no calor e acaba precisando de água ao final dos dias quentes. Para as demais plantas a frequência comum é receber água de três em três dias.
Na sala de estar: um tipo de trepadeira, samambaia e dracena. |
3. Sol: assim como a água, existem plantas que vão precisar de mais luminosidade e outras menos. Mesmo quem não conhece profundamente as especifidades de cada uma delas, consegue perceber, observando na prática, como a planta se comporta ao sol e à sombra. A samambaia, por exemplo, não gosta de sol direto, já algumas suculentas ficam super bem. Notando isso e também como é a incidência solar nos diferentes ambientes da casa, minha mãe escolheu distribuir suas plantas pela área de serviço, sala de estar, varanda e hall de entrada.
4. Vasos: há vários tipos de vasos para plantas, alguns mais resistentes, outros menos. Minha mãe tem dois de cerâmica bem bonitos, dois de concreto super pesados, o restante de terracota, que sem impermeabilização, acabaram ficando manchados, além do xaxim onde está uma das samambaias. Com o tempo é importante observar se as raízes estão aparentes, pois isso pode ser uma indicação de que o vaso escolhido ficou pequeno para a planta e é preciso fazer a troca.
Hall de entrada e varanda: dracenas e suculentas. |
5. Folhas x flores: entre os vasos da minha mãe não é comum aparecer flores. Já houve algumas tentativas de cultivar plantas que florescem, mas como não vingaram no apartamento, minha mãe preferiu as folhagens. De fato, acho que insistir em uma planta difícil pode deixar a gente frustrado. Em termos decorativos, também é possível fazer belas composições com folhas de texturas diferentes. Sem falar nos cheiros e sabores das ervas, como o manjericão, que podem ser usadas na comida.
Depois de todos esses cuidados básicos há ainda um ingrediente importantíssimo para que dê tudo certo: amor por plantas! Minha mãe sempre teve muito carinho com suas plantinhas e até conversa com elas. Mesmo quando viaja, está sempre preocupada, passando instruções. Com toda essa atenção, faça chuva ou faça sol, elas vão durar por muitos anos, absorvendo energias ruins, proporcionando beleza e aconchego nos ambientes.
Na sala de estar: aspargo e renda portuguesa; área de serviço: palmeirinha; fortificante líquido. |