Quem gosta de caçar novidades já deve ter percebido que estão pipocando por aí formas diferentes de consumo, serviços e trabalho. No último sábado, quando a Thais Farage, consultora de estilo e blogueira, fez um bate papo aberto na Roupateca, em São Paulo, aproveitei para conversar com ela e conhecer o local. A Roupateca funciona na "House of bubbles", que faz parte de um conjunto de casas chamado "House of All", um exemplo concreto dessas novas propostas que estão surgindo. Lá, acontecem vários tipos de "compartilhamentos", entre eles, o de um guarda-roupa recheado.
Acervo da Roupateca (House of Bubbles). |
A proposta da Roupateca é bem simples. Por meio de uma assinatura mensal temos acesso a um acervo de peças bem bacanas que ficam expostas em araras, como em uma loja convencional. Depois de escolher o que queremos, podemos ficar com elas até dez dias ou trocar diariamente. A quantidade de peças que levamos por vez é definida pelo tipo de assinatura, de 100, 200 ou 300 reais por mês. Na devolução também é necessário que as peças estejam lavadas. É, sem dúvida, uma outra maneira de se relacionar com as roupas, menos consumista e mais consciente do nosso estilo e das nossas necessidades reais.
Falando de estilo e necessidades, o bate-papo com a Thais Farage tinha como tema uma das questões mais polêmicas do vestir: o conforto. Thais começou a conversa falando um pouco sobre a sua experiência pessoal e com suas clientes de consultoria, pontuando como a composição de um look confortável varia de pessoa para pessoa e se relaciona com um contexto que nem sempre é fácil de lidar (trabalho, festa, eventos, etc.). Entre os caminhos para encontrar esse conforto estão: observar melhor o nosso corpo, as nossas dimensões, os tecidos e acessórios que nos agradam, assim como as situações que vivemos no dia-a-dia.
Bate-papo com a Thais Farage (House of Learning). |
Outra fala interessante colocada pela Thais é que a busca por conforto não deve nos manter presos a um único tipo de roupa e/ou acessório. É muito bom para a construção do nosso estilo pessoal experimentar peças com recortes e tecidos diferentes, sapatos de outros modelos, que não são necessariamente o oposto do que nos faz sentir confortável, mas que tenham alguma característica diferente daquele par ao qual sempre recorremos. Podemos ter uma grata surpresa ao se sentir muito confortável com uma peça que não existia no nosso guarda-roupa, só por achar que não ia dar certo.
Uma das coisas que levei comigo desse bate-papo com a Thais e com as outras meninas que estavam lá é que para por isso em prática no meu estilo pessoal precisarei me questionar, antes de montar cada look, sobre o conforto que eu quero, levando em conta a situação que vou vivenciar com ele, formal ou informal, em público ou no privado, de dia ou de noite, no frio ou no calor, etc. Na sequência, é importante analisar aquilo que deu certo e o que não deu certo, para vestir com com mais consciência da próxima vez, fazendo algumas trocas, concessões e ajustes, se necessário.
Lavanderia self-service (House of Bubbles). |
Fotos: bate-papo com Thais Farage na Roupateca - SP (acervo pessoal)
Também fazem parte da "House of All" (SP) a "House of Food", "House of Learning", "House of Work" e a "House of Bubbles", onde está localizada a Roupateca e também uma lavanderia no esquema self-service. Já o bate-papo com a Thais Farage rolou na "House of learning", um espaço com decoração descolada que pode ser usado para workshops e palestras. Quem quiser saber mais como venho construindo meu estilo pessoal veja também o post: reconstrução do guarda-roupa e minha experiência com o site Enjoei