Na minha última viagem a Minas Gerais, encontrei no Mercado Central de Belo Horizonte uma banquinha recheada de chitas. Passei a guardar referências depois que comprei a minha por lá, com intuito de usar na decoração da minha casa. É divertido descobrir as diferentes ideias que as pessoas têm para usá-la. Neste post vou mostrar algumas para gente se inspirar.
Banca da Tradicional Cuscuz Paulista no Mercado Manual (MCB, São Paulo). |
Uma das razões do meu encantamento pela chita é o colorido marcante de suas estampas que não passa despercebido no ambiente. Fui pesquisar melhor a história que envolve esse tecido antigo e descobri que sua origem é indiana e sua criação se deu no início do século XVII. Por meio das rotas de comércio da época, a chita foi parar na Europa pelas mãos dos portugueses e holandeses. Foi super bem aceita em Portugal, passando a ser fabricada por lá também no século seguinte.
Aqui no Brasil, foi também pelos portugueses que a chita passou a fazer parte do nosso cotidiano doméstico. No Rio de Janeiro, no início do século XIX, uma região acabou ficando conhecida como Bairro da Fábrica das Chitas, devido à indústria de estamparia instalada no local. Até os dias atuais, a chita, também chamada de chitão, está firme e forte entre nós e é facilmente reconhecida por conta das estampas de flores em tons sempre fortes.
A versatilidade da chita e a criatividade que ela desperta nas pessoas é algo único. É possível encontrar esse tecido aplicado em muitas superfícies diferentes, desde paredes até móveis. Também surge como cortina, toalha de mesa, em cadeiras e poltronas, almofadas, etc. Definitivamente, não há limites para a chita no mundo da decoração. Aqui no blog, há uns anos atrás, ela apareceu no post sobre a loja Doce da Roça. Veja algumas ideias bem bacanas que encontrei:
Cortinas do restaurante D'Boa mexicano (Santos,SP) e almofada do piquenique da Thais Farage. |
Luminária e móvel do restaurante mexicano Muchachela (Santos, SP) |
Vasinhos da Isabel Pariz e caderno da Xodó Papelaria. |
Banquinho São João e Fruteira Mundau de Rona Silva. |
Ainda não decidi como vou usar a chita que comprei no Mercado Central de BH, mas estou bem propensa a fazer uma almofada, criar uma capa de caderno ou decorar uma latinha. As ideias são muito boas e dá vontade de executar todas. Ainda vou manter o suspense de qual estampa comprei, mas assim que resolver o que fazer, compartilho aqui no blog o meu novo item decorativo de chita!
*Para o post utilizei o livro da designer de interiores Maria Lucia Machado, "Interiores no Brasil: Influência Portuguesa no Espaço Doméstico".